O Outubro Rosa é um momento de mobilização social para reforçar as mensagens sobre a prevenção e a detecção precoce do câncer de mama.
O câncer de mama é o tipo que mais acomete as mulheres. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que, até o final de 2024, mais de 73 mil novos casos serão diagnosticados no Brasil, com uma taxa superior a 66 casos para cada 100 mil mulheres. Os dados ainda reforçam que, em homens, a taxa de incidência é de apenas 1%.
A ginecologista Dra. Débora Schittini, alerta que, durante as consultas de rotina, a mulher não deve se envergonhar e deve conversar com o profissional sobre qualquer anormalidade notada em seu corpo. “Durante as consultas, é preciso falar sobre as queixas nas mamas e permitir que o médico faça o exame físico das mamas através da palpação. Além disso, será avaliado o histórico familiar, se há algum fator de risco aumentado para o câncer de mama e os exames de rastreamento serão solicitados de acordo com a faixa etária e com a indicação de cada caso”, orienta Dra. Débora.
Segundo o mastologista, Dr. Ubirajara Alves, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que, em mulheres a partir dos 40 anos e com risco habitual de desenvolver a doença, o rastreio seja realizado anualmente. “Temos visto cada vez mais pacientes jovens com câncer de mama. Por isso, a importância da detecção precoce, pois possibilita um tratamento mais efetivo. O exame mais comum para esse rastreamento é a mamografia. Quando feito anualmente, contribui para a redução da mortalidade, pois detecta a doença em fase inicial e possibilita um tratamento mais efetivo.”, explica o Dr. Ubirajara.
Os profissionais de saúde ressaltam que, na maioria das vezes, o câncer de mama é uma doença silenciosa. A ginecologista do HMC dá dicas que podem contribuir para a prevenção do câncer de mama. “O ideal é que a paciente tenha controle do peso corporal, pratique atividades físicas, reduza o consumo de alimentos ultraprocessados e conservantes e não faça o uso de tabaco”, reforça Dra. Débora.
O Dr. Ubirajara explica que há sinais de alerta que podem indicar o câncer de mama e que as mulheres devem se atentar. “Entre os principais sinais e sintomas temos a palpação de nódulos, a evidência de retração da pele mamária: visível ao se olhar no espelho. Também é possível observar mudanças na cor da pele, como hiperemia e descamação na região areolar. A dor, embora seja um sintoma menos frequente nos estágios iniciais, pode surgir em fases mais avançadas, geralmente devido à compressão causada pelo nódulo, em função do tamanho aumentado, ou proximidade de estruturas como a musculatura peitoral", relata Ubirajara.
A importância do autoexame
Outro ponto destacado pelo mastologista é a importância do autoexame. “Orientamos as pacientes a desenvolverem o autoconhecimento, ou seja, a conhecerem o seu corpo e suas mamas. Assim, elas saberão quais são as alterações naturais e, ao surgirem mudanças, poderão buscar atendimento médico. A recomendação é que o autoexame seja feito no período pós-menstrual, pois no pré-menstrual a mama está mais edemaciada, o que pode ser um fator de confusão devido às alterações naturais próprias deste período (pré-menstrual)”, detalha.
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