A galeria de arte do Centro Cultural Usiminas abriu a agenda de 2025 com a exposição “Anne Frank – Uma História para Hoje”.
Com visitação gratuita até 25 de maio, o público pode conferir, de maneira interativa, a trajetória de Anne Frank, uma adolescente alemã que foi vítima do holocausto e se tornou mundialmente conhecida por sua história, relatada em um diário.
A iniciativa é realizada pelo Instituto Usiminas em parceria com o Instituto Plataforma Brasil (IPB), representante oficial da Casa de Anne Frank no país, e conta com o patrocínio da Usiminas, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Pela primeira vez em Minas Gerais neste formato, a exibição é composta por três partes que convidam o público a refletir sobre tolerância, direitos humanos e memória histórica. A primeira parte, “Anne Frank – Uma História para Hoje”, contextualiza sua vida antes, durante e após a ascensão do nazismo. Organizada em cinco blocos temáticos, aborda questões como preconceito e discriminação, relacionando a experiência da família Frank a eventos históricos da época. Fotografias e documentos mostram como decisões políticas afetaram milhões de pessoas perseguidas pelo regime nazista.
Já “Lendo e Escrevendo com Anne Frank” é voltado para o público jovem, incentivando a leitura e a escrita a partir da relação de Anne com as palavras. Composta por oito painéis, destaca sua jornada como escritora e aprofunda a história da família.
O percurso se encerra com um espaço dedicado a Nanette Blitz Konig, sobrevivente do Holocausto e autora do livro “Eu Sobrevivi ao Holocausto”. Amiga de infância de Anne, Nanette vive no Brasil desde os anos 1950 e, ao longo de décadas, dedica-se à preservação da memória por meio de palestras e relatos sobre sua experiência.
Visita interativa
Uma das inovações da exposição é uma visita virtual ao Anexo Secreto, que permite ao público explorar, por meio de óculos de realidade virtual, o esconderijo onde Anne Frank e sua família encontram-se por dois anos.
Localizado diretamente em Amsterdã, o Anexo Secreto está vazio desde a captura de seus oito ocupantes pelos nazistas. Por desejo de Otto Frank, único sobrevivente do grupo, o espaço foi mantido assim para simbolizar a ausência irreparável deixada por milhões de vítimas. A consulta digital, porém, possibilita uma experiência fiel no ambiente original, enriquecendo a experiência dos visitantes.
Arte, história e educação
Ao visitar a exposição, o público receberá mais informações da vida e obra de Anne Frank com a mediação da Ação Educativa do Instituto Usiminas, que conta também com serviço de intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais), mediante agendamento prévio. No ateliê educativo o visitante poderá fazer uma atividade prática. As visitas podem ser agendadas pelo WhatsApp: (31) 98437-3330.
“Essa iniciativa de busca conectar o público de maneira inovadora à história de Anne Frank, promovendo uma compreensão ainda mais profunda sobre sua vida e o impacto da perseguição nazista aos judeus e outros grupos”, destaca Joëlke Offringa, presidente do IPB.
Joëlke Offringa destacou o legado de Anne Frank, uma jovem que se tornou símbolo de resistência e esperança em meio às atrocidades da Segunda Guerra Mundial, que continua a inspirar ações educativas que visam transformar a sociedade. Focado nos ideais de Anne Frank, utilizando sua história como ferramenta para refletir sobre questões atuais, como o preconceito, a intolerância e a importância dos direitos humanos.
Em suas palavras, Joëlke enfatizou a importância da educação como agente de mudança social, lembrando que “é através do conhecimento e da compreensão que podemos construir um mundo mais justo e humano. Assim como Anne Frank estendeu a mão a outras pessoas, nós também podemos seguir seu exemplo.”
Quem foi Anne Frank?
Anne Frank foi uma jovem judia que, aos 15 anos, tornou-se símbolo da resistência ao nazismo. Durante o período em que estavam escondidas, registraram suas vivências em um diário. Sua história atravessa gerações como um lembrete da importância da memória e da luta contra a intolerância.
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