A escolha de um novo papa é feita por meio de um conclave –termo de origem no latim “cum clave”, que significa “com chave”. O ritual, que remonta ao século 13, é realizado na Capela Sistina, no Vaticano, onde cardeais com menos de 80 anos se reúnem para eleger o novo líder da Igreja Católica Apostólica Romana.
A quantidade de cardeais pode variar desde que não ultrapasse o limite de 120.
Os cardeais votantes permanecem isolados durante todo o período, sem acesso a notícias, telefones ou computadores.
A sucessão papal começa com um ritual específico: o cardeal camerlengo, nomeado para a função pelo papa e responsável pela organização do conclave, confirma oficialmente a morte do chefe da Igreja Católica e declara o início do período de “Sede Vacante”, que significa “assento vago”.
Como parte do protocolo, o Anel do Pescador e o selo papal do pontífice falecido são destruídos, simbolizando o fim de seu pontificado e prevenindo o uso indevido desses símbolos.
O atual cardeal camerlengo é o cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell, nomeado pelo papa Francisco em fevereiro de 2019. Ele terá de 15 a 20 dias para convocar o conclave depois da confirmação da vacância papal.
Com o início do processo, os cardeais elegíveis se reúnem 1º na Basílica de São Pedro para uma missa especial antes de seguirem para a Capela Sistina. Todos, exceto os cardeais e o pessoal a serviço do conclave, como faxineiros, cozinheiros e seguranças, são retirados do edifício. Os religiosos fazem um juramento de silêncio e as portas são seladas.
No 1º dia, realiza-se somente uma votação. Nos dias seguintes, até 4 votações diárias podem ser realizadas. Não há um tempo determinado para o conclave. Ele pode durar vários dias ou até semanas.
Para ser eleito, um candidato precisa receber 2/3 dos votos. O resultado é transmitido ao público presente no Vaticano e ao mundo por meio de uma fumaça que sai de uma chaminé no telhado da Capela Sistina. Ela é produzida pela queima das cédulas de votação com produtos químicos para dar a cor desejada.
A fumaça preta significa que o papa não foi escolhido e a votação seguirá.
Quando um cardeal recebe os votos necessários, o decano do Colégio de Cardeais pergunta se ele aceita a posição. Em caso afirmativo, o eleito escolhe seu nome papal e as cédulas são queimadas com os químicos que produzem a fumaça branca, que comunicará a escolha do novo líder da Igreja Católica Apostólica Romana.
Aproximadamente 30 a 60 minutos depois, o cardeal diácono sênior aparece na sacada de São Pedro e anuncia “Habemus Papam” (“Temos um Papa”). Em seguida, o novo pontífice faz sua 1ª aparição pública, profere seu 1º discurso, dá a bênção e encerra oficialmente o conclave"
*8 cardeais brasileiros podem ser eleitos como novo Papa.
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