IPATINGA - A assembleia dos trabalhadores em educação decidiu na noite desta quinta-feira (12/06) pela suspensão da greve iniciada no último dia 10 que paralisou parcialmente as escolas da rede municipal de ensino em Ipatinga. A informação é da Subsede do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).
A diretora da Subsede de Ipatinga, Isaura Carvalho, disse que a decisão foi tomada “após uma avaliação muito séria do cenário que estamos vivenciando na rede municipal, com forte repressão e assédio por parte do governo municipal”.
PRÁTICAS AUTORITÁRIAS
Conforme ela, durante a assembleia a categoria criticou duramente a atuação da Secretaria Municipal de Educação, que tem enviado comunicados com ameaça de corte de ponto aos professores e assistentes que aderiram ao movimento. “O Sindicato também denuncia as práticas autoritárias contra os servidores que aderiram à paralisação”, reiterou.
REALIDADE
Isaura Carvalho avalia que “o movimento mostrou para a sociedade de Ipatinga qual é a verdadeira realidade das escolas municipais, para além das propagandas maquiadas da Prefeitura, revelando que faltam profissionais, a desvalorização da educação e as tentativas de criminalização do movimento dos trabalhadores, numa prática antidemocrática e antissindical”.
CONTRATAÇÕES
Ela ressaltou que a publicação pela Prefeitura Municipal de edital fazendo a convocação imediata de cerca de 200 trabalhadores (as) para preencher vagas na rede municipal de ensino revela que a denúncia de falta de profissionais e a reivindicação por novas contratações mostra que o Sindicato estava no caminho certo.
“Inclusive, foi publicada ontem uma convocação com cerca de profissionais para contatação imediata, o que confirma as denúncias que estamos fazendo da falta de profissionais nas escolas. Esta convocação, mais uma vez, comprova que as demissões em massa realizadas pela Prefeitura foram feitas na contramão da necessidade de atendimento adequado aos estudantes”, salientou Isaura Carvalho.
EM ALERTA
Ela explicou que a suspensão da greve acata decisão judicial, da qual o Sindicato foi notificado no dia 12 de junho. Entretanto, o fim da paralisação, segundo ela, não significa o fim da luta. “A suspensão da greve não representa o fim do nosso movimento. Nós nos manteremos mobilizados e os profissionais retornam às escolas conscientes da importância de seguir lutando pela valorização profissional e melhoria do ensino público na rede municipal”, finalizou.
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