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Wander Santos Coluna Wander Santos

O grito de Bi-Campeão

Um grito entalado a 50 anos

04/12/2021 às 17h26 Atualizada em 06/12/2021 às 18h18
Por: Jornal Classivale
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O grito de Bi-Campeão

 

Era questão de horas para o torcedor atleticano soltar o grito de Campeão, ou melhor, Bi-Campeão. Um grito entalado há 50 anos. Muitos títulos roubaram do Atlético nessas 5 décadas, inegavelmente tiraram da Massa essa alegria incontida, foram vários campeonatos decididos pela arbitragem, pelo apito inimigo do CAM. Até um título da Libertadores que seria mais provável de ser conquistado, surrupiaram do Galo no Serra Dourada, em Goiás, contra o Flamengo. Fato que presenciei in loco, a beira do gramado, empunhando na época o microfone da rádio Educadora de Coronel Fabriciano, num momento ímpar e histórico como principal repórter esportivo da emissora, a única do interior do Estado, do para o Vale do Aço, numa transmissão emblemática para a radiofonia regional. Na cabine um dos maiores narradores com quem tive a honra de dividir centenas de jornadas esportivas, meu saudoso padrinho e amigo Jornas Conti. José Roberto Wright, o juiz parcial no jogo, um nome para não ser lembrado jamais, porque causa náuseas, nojo. Expulsou quase todo time do Atlético sem justificativa plausível para beneficiar o time carioca. Antes, em1980, na decisão do Brasileiro, o país viu o árbitro José Roberto Aragão tirar do Galo o outro título, quando Reinaldo, que já havia marcado dois gols e faria o terceiro, o que seria o do título no final da partida, o juiz marcou um impedimento totalmente inexistente, pois o Rei já estava frente a frente com o Raul para dar aquele toque magistral para balançar as redes e sair para a comemoração de pulso fechado e erguido acima da cabeça (sua marca registrada) e ouvir o apito final. Mas o senhor Juiz ladrão impediu a Massa de ter essa alegria, favorecendo mais uma vez o Flamengo.

Outros campeonatos brasileiros foram arrancados do Atlético Mineiro como em 77, quando Reinado foi julgado pelo STJD na semana da decisão com o São Paulo e ficou fora da final, este julgamento poderia ter sido cinco ou seis rodadas antes, mas tinha que tirar o artilheiro do jogo. Muitas armações ao logo desses cinqüenta anos prejudicaram o Atlético na caminhada do torneio nacional, a história registrou esses episódios do futebol brasileiro. Desta vez não teve como tomar a Taça do Galo, porque ele foi imbatível diante de seus adversários, de seus obstáculos e da podre e péssima arbitragem da CBF.  

Com todos os méritos o Atlético é o Campeão de 2021. Incontestável a campanha do time, a maturidade, a regularidade, o equilíbrio, a qualidade técnica indiscutível do grupo. Méritos para o técnico Cuca que realizou um trabalho excepcional junto da sua comissão técnica.

O atacante Hulk é o grande nome do Atlético na temporada. Com 32 gols em 2021, ele balançou as redes no Campeonato Brasileiro 18 vezes e lidera a artilharia isolado. Caso ele finalize a competição na artilharia, ele será o oitavo goleador do Galo em Campeonatos Brasileiros desde 1971.

Dario em 71 com 16 gols, e em 72, 17 gols junto com Pedro Rocha do São Paulo. Reinaldo em 78, com 28 gols; Renaldo, em 1996, com 16 gols junto com Paulo Nunes, do Grêmio; Guilherme, em 99, com, 28 gols; Diego Tardelli, em 2009, com 19 gols, junto com Adriano, do Flamengo e Fred em 2016, 14 gols.

Parabéns Massa Atleticana!

 

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