Um ano após o início dos trabalhos do Governo de Minas e de parceiros para revitalizar a região de Capitólio, o famoso Mar de Minas volta a celebrar o aquecimento do turismo, chegando a 90% da ocupação hoteleira na cidade, entre o fim de dezembro e o início de janeiro. O reposicionamento de Capitólio como destino turístico seguro tem sido impulsionado pela implementação de novas medidas em contínuo avanço no local, fruto do plano “Reviva Capitólio - Viva o Mar de Minas”, idealizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult).
A tragédia em Capitólio deixou dez pessoas mortas, todas ocupantes da lancha de nome Jesus, e outras 27 feridas, após um paredão de pedra se desprender de um cânion, atingindo três embarcações no Lago de Furnas, em 8 de janeiro de 2022.
Imediatamente após o desastre, o Governo de Minas e parceiros anunciaram investimento conjunto de R$ 5 milhões para o plano “Reviva Capitólio”, com 80 ações de segurança e de impulsionamento do turismo para a região, onde tradicionalmente turistas do mundo inteiro buscam navegar para contemplar de perto as imensas formações rochosas e águas cristalinas. Paradas por cerca de três meses por causa da tragédia, desde março do ano passado as embarcações foram autorizadas a retomar os passeios, mediante cumprimento das regras de segurança.
"Capitólio'' é um dos destinos mais procurados em Minas Gerais, como reforça a última pesquisa de Demanda Turística divulgada em 2022.
Estudo geológico
Entre as principais medidas executadas até o momento está a finalização do estudo geológico nas regiões rochosas de Capitólio, que agora permite mapear toda a área dos cânions, garantindo a estabilidade dos paredões rochosos, incluindo análises diárias realizadas por um geólogo para identificação de possíveis processos erosivos ou fluxos de água entre as pedras, visando estabelecer um nível rigoroso de segurança para a atividade turística. Junto a essa iniciativa, foi assinado, em novembro do ano passado, convênio no valor de R$ 2 milhões para realização de obra de contenção dos cânions de Capitólio.
Ainda no escopo da prevenção, o plano “Reviva Capitólio” tem implementado ações de capacitação de segurança, a exemplo de palestras, cursos, webinários e workshops voltados para os profissionais náuticos, como os fiscais e marinheiros, que passaram a ser orientados continuamente sobre a necessidade de uso de capacete nas embarcações, além da restrição de sons mecânicos com o objetivo de prevenir eventuais trincas nas rochas.
Segurança e proteção
A parceria entre a Secult e a PMMG permitiu reforçar a segurança da comunidade local e dos turistas, com a implementação da Rede Integrada de Proteção ao Turismo nos municípios de Capitólio, São José da Barra e São João Batista da Glória. Desde junho do ano passado, essas cidades contam com um importante programa de promoção da segurança pública e proteção da cultura e do turismo. A Rede permite maior agilidade para prestar apoio à população em casos de emergência, a partir de uma logística integrada entre a Polícia Militar, Secult, prefeituras, Marinha do Brasil, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a comunidade local.
O grupo de trabalho formado para o desenvolvimento e a implementação das ações de reposicionamento de Capitólio como destino turístico seguro conta com a participação do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), além das prefeituras de Capitólio, São José da Barra e São João Batista do Glória, polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Marinha do Brasil, PRF, Instâncias de Governanças Regionais (IGRs), Sebrae, Fecomércio, Sesc, Senac e sociedade civil.
Outras medidas
O plano “Reviva Capitólio” também inclui o desenvolvimento de um aplicativo para o monitoramento do fluxo de pessoas em passeios náuticos e terrestres e a criação de um grupo de estudos para o Turismo de Aventura, com a participação de Conselhos Municipais de Turismo, IGRs envolvidas, do ICMBIO e da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta).
Investigações
A tragédia em Capitólio ocorreu por volta do meio-dia, na data de 8 de janeiro de 2022, em ponto turístico do Lago de Furnas, na altura da rodovia MG-050, km 312. Três meses após o desastre, a Polícia Civil concluiu inquérito policial, apontando que a queda das pedras aconteceu em razão de evento natural — relacionado com o processo de erosão e outros fatores geológicos, comprometendo a sustentação da rocha. No inquérito, as autoridades policiais elencaram sugestões para melhoria da segurança de toda a área, prontamente adotadas no plano “Reviva Capitólio”.
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