Este é o título de um livro lançado recentemente pelas jornalistas Consuelo Dieguez e Ticiana Azevedo (foto). Trata-se de um divertido estudo sobre o gay que não saiu do armário, às vezes, até se casou e teve filhos. Fiz algumas anotações inspiradas no livro, em minhas próprias observações e na literatura pertinente para alertar minhas amigas sobre comportamentos esdrúxulos que podem dar azo (gastei!) a interpretações concretas sobre seu (provável) prince charmant – príncipe encantado. E claro que ninguém vai confundir com o Petit Prince, o Pequeno Príncipe, de Saint Exupéry, que se dedicava a tremendos papos-cabeça. Vamos lá!
Manter roupas separadinhas por cores e tecidos. Modelitos para primavera, verão, outono, inverno. Tudo griffado.
Ligar para a mãe por qualquer problema, tipo que roupa usar no casamento de sua melhor amiga, se deve tomar uma aspirina para uma dor de cabeça etc.
Ficar bandeiroso depois de tomar uns tragos a mais numa festa.
Fazer unha e passar esmalte natural, depilar sobrancelha e tórax.
Quando é muito respeitoso, não cantando você, igual a passarinho na muda, que também não canta.
Malhar em academia com aquelas roupas apertadinhas, sempre preocupado com alimentação para não pegar peso, tomando bebida isotônica.
Tomar suco disso, suco daquilo. De maracujá, então...
Ir a vernissage, discutir livros de autoajuda, citar Piaget, Camus, Sartre e outros filósofos, discutir papo-cabeça tipo “você precisa se conhecer melhor, pesquisar seu ego e seu id, crescer como pessoa humana, ser você mesma”.
Ir a balé, ver os bailarinos saltitando para lá, pra cá - pas de deux, vol des oiseaux, le corsaire.
Usar expressões tipo “isso é chiquérrimo”, “estou atrasadíssimo”, “é caríssimo”, “você está lindérrima”, caia fora, amiga, pois o Pitbull é Lassie.
Sair com um monte de amigas para dançar, comer pizzas, tomar vinho. Antigamente esse elemento era chamado de guarda-cabaço – o popular GC – ou de rufião – cujo sentido vou declinar de falar aqui.
Usar manteiga de cacau para lábios ressequidos, pastilhas para refrescar a garganta, lenço descartável.
Ter stress, depressão, frequentar psicóloga sem cantá-la.
Gostar de filmes de Leonardo de Caprio, Tom Cruise e Brad Pitt ou musicais como Noviça Rebelde e Singing in the Rain, ouvir Over the Rainbow - Além do Horizonte, que se tornou o hino da classe.
Comer mel, pão integral e outros produtos natureba. Macho que é macho, daquilo roxo, não come mel, ele mastiga abelha.
Amiga, se você reparar bem nas atitudes acima descritas, claro que há muitas outras, você poderá se tornar uma especialista em separar o joio do trigo – a cinderela do príncipe – e não passar por situações constrangedoras.
Go ahead!
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