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Opinião Coluna

O Barbudinho

Por Prof. Tarcísio Barbosa

05/05/2022 às 15h39
Por: Jornal Classivale
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O Barbudinho

Uma dos mais fortes caracteres do macho da espécie Homo sapiens é a barba. Que acompanha o homem desde os primórdios da civilização. Algumas profissões obrigam ao uso da barba. Você já imaginou um profeta sem barba! Ninguém vai acreditar nas suas profecias. É claro que tem que ter um cajado. E por falar em barba... A Operação Barba Roxa, Barbarossa, foi deflagrada por Hitler em 22 de julho de 1941.

 A invasão da Rússia com suas divisões Panzer, os punhos de aço de Hitler, arrasando com tudo.  Tem também o Barba Azul, La Barbe Bleue, de Charles Perrault, que narra a história de um nobre malvado, que se casava e matava suas mulheres. Ó céus! Que horror!   Charles Perrault ainda escreveu A Bela Adormecida, Cinderela, O Gato de Botas, entre outros livros, sendo considerado o pai da literatura infantil. A barba tipo cavanhaque, aquele do bode, também teve muitos adeptos: Leon Trotsky, revolucionário russo, assassinado no México em 1940 a mando de Stalin; Lênin, também revolucionário russo, usava cavanhaque; Cardeal Richelieu, a eminência parda do rei, pois mandava mais que o próprio. Stalin já não usava barba. Mais recentemente, Fidel, no fim dos anos 50, criou a barba cerrada, apanágio dos guerrilheiros modernos. 

Depois de um pouco de história, vamos ao nosso caso.

Ricardo, o barbudinho, era casado de papel passado com Aninha. Tipo mignon, mas bem gostosinha. Que o queria sempre barbudinho. Detinha era sua namoradinha atual, um mulherão. De tirar o fôlego de qualquer macho de plantão. Que o queria sem barba a todo o custo.   

- Corte esta barba, Ricardo, você fica mais bonito e charmoso sem ela. Depois ela me espeta, me dá muito frisson. Mas Ricardo não estava nem aí. Até que um dia, de tanto a namoradinha insistir, ele cortou a barba, sem ter avisado a esposa amantíssima - de papel passado. 

Naquela noite, chegou a casa, adentrou sua alcova e se deitou ao lado da esposa, assim do tipo conchinha. Ela ternamente passou a mão pelo seu rosto. E naquela semiescuridão, ainda meio adormecida, gritou:

- Paulão, seu louco, você ainda está aqui? Vá embora. O barbudinho está pra chegar! 

Prezado leitor, com todo o respeito, como diz o jornalista Ancelmo Góis, do jornal O Globo, se você usa barba, cuidado para não dar esta varada n’água do fato em foco.

 

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