Toda a arrogância já foi castigada. O cabuloso encontrando o caminho da salvação. Pela primeira vez em três anos na Série B, o time chegou a ocupar lugar no G4. Depois do empate contra o Tombense no apagar das luzes, em Muriaé, o time obteve uma vitória importante diante do Londrina, no Mineirão, por 1 a 0 e chegou aos sete pontos. O técnico Paulo Pezzolano é muito bom. Sabe trabalhar com o que tem em mãos, um elenco de jogadores limitados, com raras exceções na qualidade técnica.
Pezzolano vem fazendo um bom trabalho, montando uma equipe competitiva para voltar à elite. Isto se deve ao grande trabalho gestor do Ronaldo Fenômeno, dono de 90% da SAF, que está buscando investidores pesados para erguer um gigante que foi deitado por mãos e ações de “bandidos”, usurpadores da propriedade alheia; que agiram na calada da noite e no despertar dos dias em interesses próprios, sob olhares de conselheiros, diretores e abnegados de um dos maiores clubes vencedores do futebol brasileiro.
O Fenômeno quer o Cruzeiro dando a volta por cima, ser competitivo, campeão, cabuloso como já foi em épicas e históricas conquistas e encher novamente de felicidade o coração azul celeste, do maior narrador dos jogos do Cruzeiro, de todos os tempos, Alberto Rodrigues/Itatiaia, representando o sentimento de todos os torcedores e torcedoras cruzeirenses.
Neste sábado tem o jogo contra a Chapecoense, uma tarefa nada fácil. Assim é a Série B, jogos duríssimos com equipes acostumadas na disputa. Jogar a Série B não é apenas jogar, é saber contornar os obstáculos em busca do objetivo. É trilhar os atalhos para chegar lá em cima concorrendo com aqueles já acostumados a percorrer este caminho pedregulho. É encontrar e descobrir a cada jogo o jeito de vencer e avançar passo a passo. Os caminhos tortuosos são os estádios acanhados, gramados ruins, a fúria da torcida adversária, a violência dentro das quatro linhas, a desigualdade e a pressão dos menores lutando pelo mesmo ideal. O momento é de superação para o Cruzeiro, ficar numa Série B mais um ano será um sofrimento interminável para a nação azul.
Avante Cruzeiro, Minas Gerais, Atlético, América e todo o futebol mineiro precisam de você.
Queda de rendimento
O que está acontecendo com o Atlético? O time tem muita intensidade no primeiro tempo, marca seus gols, tem a vantagem no placar e chances de ouro para ampliar e matar o jogo e não faz. Na volta para a etapa seguinte o time parece que deixa o futebol no vestiário, vem para o jogo e o rendimento é pífio. Um segundo tempo irreconhecível. O time se acomoda no resultado, senta no resultado e para de jogar. Sofre pressão, sufoco e acaba cedendo o empate e por muitas vezes a sorte ajuda a não levar a virada.
O time aceita o adversário jogar em cima, mesmo não tendo a qualidade que ele possui, que é muito superior. A qualidade do elenco é indiscutível. Para isso funcionar é preciso cobranças mais duras do elenco e da comissão técnica.
Os últimos resultados foram surpreendentes negativamente pela maneira como aconteceram e deixam dúvidas no ar. É preciso retomar o caminho da seriedade, da humildade, de impor respeito, sem menosprezar o adversário.
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